Ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro Mauro Cid saiu preso do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (22/3) após depoimento ao desembargador Airton Vieira, juiz instrutor do gabinete do ministro Alexandre de Moraes. De acordo com a Polícia Federal, Cid foi preso por suspeita de “obstrução de justiça em investigação que envolve organização criminosa”.

Depoimento começou às 13h05 e, por volta das 14h30, Mauro Cid saiu do prédio do Supremo e foi levado para o Instituto Médico Legal (IML). Por ser militar, Cid deve ficar preso no Batalhão da Polícia do Exército.

O ex-ajudante de ordens foi chamado ao STF por um pedido da Polícia Federal. O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, queria explicações sobre os áudios divulgados pela revista “Veja” na quinta-feira (21/3).

Nas gravações divulgadas pela revista, Mauro Cid acusa a Polícia Federal e o ministro Alexandre de Moraes de terem cometido irregularidades na condução da delação premiada firmada pelo militar em inquéritos sobre o governo Jair Bolsonaro.

Após o depoimento, o STF vai analisar a homologação da delação fechada em setembro do ano passado, já que os termos não foram tratados pelo Supremo.

Em nota, a PF informou que cumpriu mandados de prisão preventiva e busca e apreensão, expedidos pelo STF, “contra suspeito de obstrução de justiça em investigação que envolve organização criminosa”.

“A conduta do preso caracteriza, ainda, o descumprimento das medidas cautelares diversas da prisão impostas no processo criminal em curso. Ele passou por exame de corpo de delito no Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal e será apresentado à Polícia do Exército para custódia”, finaliza a nota.

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