O presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), conselheiro Sérgio Ricardo, enalteceu o trabalho dos auditores de controle externo na terça-feira (23). Em encontro que antecede a celebração do Dia Nacional do Auditor de Controle Externo, em 27 de abril, foi destacado o papel dos 168 profissionais, que estão tornando o controle externo mato-grossense um dos mais modernos e reverenciados do país.

Reunido com os servidores no Espaço Cultural Liu Arruda, o presidente falou sobre o papel desses profissionais no desenvolvimento estadual, tendo em vista a missão do Tribunal. “O TCE-MT tem se inteirado cada vez mais sobre as necessidades do estado e encaminhando todas as discussões para ações que reduzam as desigualdades e garanta a melhor qualidade de vida da população. Os auditores são de grande importância nesse processo”, disse.

Entre os diversos trabalhos desenvolvidos, citou a relevância da auditoria operacional sobre a violência contra a mulher, anunciada em março. “O processo de modificação da sociedade, de proposição de mudanças, nasce nas mãos dos auditores. Eles são responsáveis pela investigação, análise e levantamento de dados autênticos para que possamos propor políticas de estado e para que elas sejam implementadas.”

No mesmo sentido, a presidente da Associação dos Auditores Públicos Externos do Tribunal (AUDIPE), Simony Jin, acrescentou que a independência e o compromisso com a seriedade e com o serviço público fazem dos profissionais agentes transformadores. Para ela, a celebração da data também é marcada por reflexões sobre as funções desempenhadas, a valorização e a consciência sobre o impacto do trabalho.

“Somos os olhos da sociedade sobre os gastos públicos. Quanto melhor realizamos nosso trabalho, melhor é o material sobre o qual o corpo deliberativo irá embasar decisões e traçar encaminhamentos para que os problemas dos cidadãos sejam resolvidos. Isso impacta na construção de uma sociedade mais justa e igualitária, com serviços públicos de melhor qualidade e um gasto de recursos mais eficiente”, pontuou.

Para o conselheiro Valter Albano, os servidores são instrumentos fundamentais para a melhoria da qualidade da Gestão Pública. “Convivo com os auditores desde o final de 2001, e juntos construímos o fortalecimento dessa carreira. Os auditores e conselheiros, quando orientam, realizam um controle preventivo, abrindo oportunidade para que dirigentes públicos possam acertar mais e cumprir melhor sua finalidade.”

O procurador-geral do Ministério Público de Contas (MPC), Alisson Alencar, ressaltou a capacidade técnica dos profissionais, que se debruçam sobre análises de diversas áreas do conhecimento. “Um Tribunal fortalecido depende desse trabalho, que garante qualidade técnica seja na área de economia, administração, direito ou engenharia. Portanto, a credibilidade do órgão depende do exercício pleno desta função, como ocorre aqui.”

Auditor e secretário-geral de Controle Externo do TCE-MT, Vitor Pinho, falou sobre a origem da nomenclatura da profissão, relacionada ao sentido de ouvir, examinar, ajustar e corrigir. “Nossa atuação é forte, técnica e imparcial e contribui com os julgamentos realizados pelos conselheiros. Por isso, o nosso é tão festejado por nós. Em harmonia com nossos conselheiros servimos com dedicação e amor a Mato Grosso.”

Por sua vez, o auditor público externo Vander da Silveira Melo, pontuou que a função é imprescindível para a manutenção do Estado Democrático de Direito. “Nossa função é combater o desperdício do dinheiro público, dinheiro arrecadado do cidadão e que tem que voltar para o cidadão. Ao fazermos esse combate estamos contribuindo para a construção de um estado mais igualitário e justo.”

A data

 A comemoração remete a 27 de abril de 1893, quando o ministro da Fazenda Serzedello Corre?a apresentou carta de demissão em ato de enfrentamento a? tentativa do então presidente da República, Floriano Peixoto, de cercear a atuação do Tribunal de Contas da União (TCU). Naquele ano, logo após sua instalação, o órgão havia considerado ilegal a nomeação de um parente do ex-Presidente Deodoro da Fonseca.

Inconformado, Peixoto tentou retirar do TCU a competência para impugnar despesas consideradas ilegais, o que levou o ministro a renunciar ao cargo por meio de carta na qual expressava seu posicionamento. Hoje, este ato reforça o compromisso dos auditores com a fiscalização dos recursos públicos, com a avaliação da eficiência de políticas públicas e com o auxílio na fiscalização contábil, orçamentária, financeira e patrimonial dos gestores.

Fonte: Secretaria de Comunicação/TCE-MT

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