Empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, de 38 anos, assassinado no Aeroporto de Guarulhos no dia 8 de novembro, também tinha desavenças com uma pessoa ligada ao Comando Vermelho, do Rio de Janeiro.
Essa pessoa era João Cigarreiro. Ele deu R$ 4 milhões para Gritzbach investir em criptomoedas, mas nunca mais viu o dinheiro. Por isso, ele teria levado o empresário para um ‘tribunal do crime’ em janeiro de 2022 e depois para um cativeiro em Tatuapé, em São Paulo. Antônio Vinícius já tinha, inclusive, comentado com amigos que temia pela sua integridade física devido à desavença com Cigarreiro.
A informação é do colunista Josmar Jozino, do Uol. No dia do ‘tribunal do crime’, Antônio Vinícius ficou sequestrado das 10h30 às 19h30. Entre os sequestradores estavam Cláudio Marcos Almeida, o Django, e Rafael Maeda Pires, o Japa, agenciadores de jogadores famosos e integrantes do PCC, que tempo depois foram mortos durante um conflito interno da facção.
Eles queriam saber se Gritzbach havia desviado R$ 100 milhões de Anselmo Bechelli Santa Fausta, o Cara Preta, morto um ano antes do sequestro. O empresário foi acusado de mandar matar o narcotraficante porque ele havia pedido o dinheiro desviado de volta.
No ‘tribunal do crime’, os integrantes da facção afirmavam que iriam esquartejar Gritzbach caso ele não colaborasse. Ele foi liberado somente ao resgatar R$ 27 milhões em criptomoedas.
Antes de ser morto no aeroporto, Antônio Vinícius comentou com a namorada, Maria Paiva, que viu um homem parecido com alguém que queria matá-lo no aeroporto, em São Paulo, quando retornava de Maceió. Depois, disse que não era a pessoa que pensava, pois o inimigo fumava muito. Ele era João Cigarreiro.
O caso
O empresário Antônio Vinicius Gritzbach foi assassinado a tiros no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, um dos maiores do país. Criminosos encapuzados saíram de um carro preto e executaram o empresário usando fuzis.
Segundo o órgão, outras testemunhas estão sendo ouvidas pela Polícia Civil. Um carro, supostamente usado pelos atiradores, foi apreendido pela Polícia Militar.
A investigação também descobriu que quatro policiais militares faziam a escolta da vítima no momento do ataque. Eles tinham sido contratados para cuidar da segurança pessoal Gritzbach, que vinha sendo ameaçado pela facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC).
Apesar de terem sido contratados para fazer a escolta de Gritzbach, os agentes não conseguiram evitar a morte do corretor de imóveis. Os quatro foram afastados da corporação e são investigados pela Corregedoria da Polícia Militar.