Dresch fez apelo à entidade máxima do futebol brasileiro ao dizer que o clube mato-grossense não pode mais ser usado como “cobaia” de juízes com menos experiência na elite nacional. – É um pedido à CBF, ao presidente Ednaldo Rodrigues, ao (Wilson) Seneme, presidente da comissão de arbitragem
O presidente do Cuiabá, Cristiano Dresch, detonou na noite de quarta-feira (26) a escolha de árbitros que têm apitado os jogos do Dourado na Série A do Brasileirão. Em um pronunciamento, o cartola disse que o clube tem sido cobaia da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) com arbitragem inexperiente e confusa.
“Aqui é um pedido à CBF, um pedido ao presidente Ednaldo Rodrigues, um pedido ao [Wilson Luiz] Seneme, presidente da Comissão de Arbitragem, em nome do Cuiabá: já deu! A cota de cobaia de árbitro do Cuiabá encerrou. Chega. Não dá mais”, disse ele, após o jogo contra o Corinthians, que terminou 1 a 1.
“Nós temos excelentes árbitros no Brasil. O trabalho que o Seneme faz na Comissão de Arbitragem é excelente. Formar novos árbitros é muito importante. Agora, o Cuiabá já cumpriu o papel dele de ser cobaia. Não dá mais para nós sermos a cobaia de árbitros inexperientes”, completou.
Segundo Dresch, em 2023, ao menos sete jogos disputados pelo Dourado foram com árbitros estreantes na Série A ou recém-chegados. Já na temporada de 2024, foram seis partidas do total de 12, sendo a última contra o Corinthians.
“Tomamos somente no primeiro tempo três cartões amarelos. Tivemos cartões em sequência. [Foi] um jogo complicado, jogo difícil, [e ele deu] 11 minutos de acréscimo. Nunca tinha visto, recentemente, 11 minutos de acréscimo. Um árbitro que não tem experiência para apitar um jogo aqui, que era um confronto direto”, disse.
Ao ponderar a reclamação, Dresch ressaltou que não estaria questionando possíveis interferências nos resultados do placar, mas somente a mediação dos jogos. Ele ainda afirmou que a escolha da CBF por usar o Cuiabá seria porque é o clube “menos tradicional” da Série A e o “mais fácil de bater”.
“Nenhum desses jogos têm interferência direta do árbitro. Nós, que somos os menos tradicionais da Série A, o clube do Mato Grosso, nós não podemos, toda vez, ter jogos apitados por árbitros experientes”.
“Eu não estou fazendo um pronunciamento contra a arbitragem. […] Não são arbitragens ruins, mas são arbitragens que deixam o jogo confuso. […] O Cuiabá não tem voz aqui dentro. O Cuiabá é aquele clube que é fácil de bater. A nossa voz é baixa. Ninguém ouve nosso grito”.
Por fim, o presidente afirmou que entende a importância da renovação de árbitros, mas pediu, novamente, que a CBF e a Comissão de Arbitragem distribua de forma equilibrada os recém-chegados na Série A.